25 de fevereiro de 2007

"O Povo não deve ter medo do Governo,
o Governo é que deve ter medo do Povo".

Esta expressão e outra "A passividade das pessoas é a origem de todas as tiranias" costumam ser utilizadas por pessoas que tem alguma consciência sobre os seus actos e deveres cívicos, como por exemplo o voto. As expressões em si estão correctas mas a práctica mostra-se diferente. Nos países ditos democráticos as pessoas tendem a "relaxar" visto terem direito ao voto, chega-lhes esse direito, de resto ficam calados. Nos países onde existe uma ditadura, a contestação é maior. Assim sendo, quem é que tem que ser passivo para haver tirania? O Governo ou o Povo? Isto para a passividade, quanto ao medo, se uma ditadura não tem medo que o povo se una, ao invés reprime mais o povo, numa democracia esse medo já existe, sobretudo no ultimo ano de mandato, é o medo de não ser reeleito!

Ora teoricamente, devia ser ao contrário, mas também não se pode esquecer que em países mais "civilizados", de uma forma ou outra, os ditadores foram escolhidos/eleitos, casos por exemplo de Salazar ou Hitler, até mesmo o Bush foi reeleito! :)

Na minha opinião, a relação democracia/ditadura e passividade/medo depende do lado em que está o exército, pois todas as ditaduras tem o seu término com a intervenção do exército, algumas vezes pacifica, outras à força. Quanto à passividade/medo numa democracia (pelo menos é esta a visada com as duas expressões mencionadas), já referi o tal medo de quem governa, mas o povo deve não tarda nada recear quem coloca ou não a dirigir um país, e se vierem com desculpas de que os políticos são todos a mesma coisa e por isso não votam, vote-se em branco, assim em vez de ter uma média de entre 38% e 50-60% de abstenção (conforme o tipo de eleição), se esses valores se convertessem em votos brancos, isso sim, é dar um forte sinal de que algo está errado!

Num sentido mais abrangente, a questão que se pode colocar é, onde termina a passividade/medo de um (Povo ou Governo) e começa a do outro? É na vontade individual? na colectiva? nos direitos adquiridos? na possibilidade de escolha? No poder militar?

21 de fevereiro de 2007

Igreja: Religião ou Máfia?

Ultrapassado que está o Carnaval e já a pensar no próximo feriado que é a Páscoa, vou aproveitar o "intervalo" e neste primeiro tópico vou falar mal da Igreja. Não é minha intenção ofender nenhuma religião, crença, pessoa(s), apenas expor um ponto de vista diferente sobre o papel da Igreja.

Todos (ou a maioria) vêem a Igreja como a representação de Deus na terra, mas ... é isso que a Igreja faz? Vamos recuar um pouco no tempo, aquando do aparecimento "documentado" dos primeiros cristãos, encontrávamo-nos sob o Império Romano, nessa altura falou-se muito da perseguição aos romanos, de fé e inclusive de Jesus Cristo, mas nada sobre uma "organização" que representasse a igreja.

Um pouco mais à frente, encontramo-nos na época medieval, a Igreja já existe como organização, personificada pela figura do Papa, o qual possui exército para recolher riquezas... perdão, espalhar a fé cristã. Tarefa mais tarde delegada às igrejas e seus bispos. Dá-se a Inquisição, muita acusação e perseguição, resultado? Practicamente o mesmo números de cristãos e a Igreja mais rica! E já me ia esquecendo daqueles magníficos documentos que a igreja vendia e que certificavam a entrada no céu!

Mais tarde, lá veio um Rei inglês que queria casar-se de novo, entrou em conflito com a Igreja estabelecida, isso e o protestantismo começou a enfraquecer a igreja, depois chega-se aos dias de hoje, há igrejas a torto e a direito, mas a Igreja e o seu Papa ainda em pé, talvez não tão rica como dantes, com menos seguidores (se bem que na época anteriormente referida pode-se confundir os religiosos dos que receavam a igreja), mas com um poder capaz de influenciar os dirigentes de grandes nações.

Mas que poder é esse? Fé não será, essa é pertença de quem acredita em Deus, os políticos de hoje não parece que sejam afectados pela fé! Mais parece que a Igreja tem conhecimento de segredos capazes de fazer cair governos, e por isso serem protegidos não por Deus, mas pelo sistema legal quando são apanhados por exemplo em actos de pedofilia. Segredos que dão autoridade "moral" para se colocarem e tomarem posições contrárias de governos em assuntos como a utilização de preservativos ou o "acesso" ao aborto. Segredos que só eles sabem e que não convém serem contraditos como por exemplo sobre ser a Terra a andar à volta do Sol e não o contrário (algo que só no Papado de João Paulo II foi reconhecido). E segredos que quando hoje em dia são postos em causa por exemplo por filmes, tentam impedir que os mesmos sejam visionados, foi o caso de "A Paixão de Cristo" e de "O Código Da Vinci", e aproveitando a boleia menciono um outro filme que chamou a atenção para este poder, "Estigma" em que é colocada em questão o papel das igrejas (os edifícios neste caso) para poder contactar com Deus.

Está aqui uma bela mistura de História, teorias, conspirações, quem sabe de fantasia e parvoíces. A questão ou desafio, ou como quiserem chamar é, tirando o(s) componente(s) a que todos associamos à igreja, seja religião, fé, casamentos, superstições, etc, se formos a ver os factos "concretos" que a História nos dá (e se quiserem contrapor História vs Bíblia, como por exemplo sobre a origem do Homem, mas não é essa a minha intenção, pelo menos não hoje e não neste tópico), como veriam ou vêem o papel da Igreja? Como uma entidade que visa apenas representar Deus e espalhar a fé? Ou como uma associação "mafiosa" que aproveitou algo superior a ela própria para ganhar riqueza e poder?


PS: eu não sou religioso e nem ligo muito ao assunto, imaginem se ligasse :) , por isso também é provável que exista lapsos cronológicos ou históricos.

PS2: Às pessoas que aguardavam "impacientemente" pelo meu blog, e elas sabem quem são ;) , espero não ter defraudado as vossas expectativas com este primeiro texto. De certa forma é uma amostra do podem esperar, tudo o que foi mencionado na descrição do blog, mais leve ou mais pesado.

19 de fevereiro de 2007

Blog - Draco's Realm

O que dizer? Parece que há quem esteja interessado no que digo, mesmo sendo parvoíce :). Por isso cá está o meu blog, o que cá vou colocar nem tenho bem a certeza, mas a maioria será pontos de vista "alternativos" sobre diferentes assuntos, não necessariamente os do outro lado da questão. E tal como mencionado no título, não se espantem se virem apenas silêncio entre a publicação de cada tópico.
So here goes nothing...


PS: para quem for perguntar, o primeiro tópico a sério sai muito em breve, assim que o passar para o papel, até lá silêncio que se vai cantar o fado! :)