Ao ver a notícia de que primeiro, o nosso primeiro-ministro Sócrates apresentou uma queixa contra um bloguista que proferiu algumas considerações sobre a sua pessoa, e que este bloguista posteriormente respondeu à letra apresentando uma queixa contra o Sócrates por agir contra a liberdade de expressão (ou um argumento semelhante), resolvi experimentar mais uma parvoíce e vou aqui dizer algumas das minhas considerações sobre o nosso primeiro-ministro, só para ver se tenho a mesma "sorte" que o outro bloguista. E não deixa de ser uma jogada de marketing :P
Ora então, eu acho que o nosso primeiro-ministro José Sócrates é uma santa pessoa, altamente educada e qualificada, que todas as criticas que lhe são feitas são injustíssimas e feitas apenas por inveja e/ou ciúmes, todas as promessas que se lhe ouvem dizer, não foi ele que as fez, mas sim os seus colaboradores que lhe escrevem os textos, não o culpemos pelos erros dos outros. Ele não é agarrado pelo poder, se não lhe é conhecido uma vida social, é porque ele trabalha para tornar o nosso país um local melhor para todos. O homem até inaugurou um lançe de auto-estrada para fazer um colega/ministro seu sentir-se melhor após várias criticas que no mínimo o fariam passar por incompetente. O nosso primeiro-ministro, até vem agora com a nova proposta do código de trabalho, deixar-nos trabalhar 24h seguidas para que possamos ter mais dias de folga. Todos vós que fazeis criticas, não merecem este primeiro ministro que se esfola em trabalho por todos nós. Pensai no que vos digo e deixai o homem trabalhar. Vergonha um homem que sabe que tem razão ter que lutar contra 10 milhões que estão iludidos.
Pronto, agora que já disse muita mentira sobre o primeiro-ministro (se calhar mais do que o outro bloguista), a ver se recebo uma notificação do tribunal. :)
PS - Para os que se perderam na parte do "mais uma parvoíce" e ignoraram a parte "importante" (coff coff) do texto , de repente também não sei qual ou quais foram as anteriores parvoíces, mas alguma já devo ter colocado :P
28 de junho de 2007
24 de junho de 2007
O prédio do "sobe e desce"
A "história" que se segue é real, mas parece tão irreal que a conto e depois manifestarei as opiniões que sejam pertinentes.
A casa do lado é alugada, já há muitos anos e os inquilinos mudam de ano para ano, no início deste mês foi a altura da dita mudança, e eis que chega uma inquilina. De início, nem se repara nela, nunca se mostrou (que eu saiba), barulhos em casa eram inexistentes, para todos os efeitos era como se a casa estivesse vazia, mas não estava.
Antes de mais é de referir que o prédio está com obras no telhado, por isso é normal a porta do mesmo estar aberta e que haja pessoas a circular para cima e para baixo por esse motivo. Estranho foi ouvir desses trabalhadores, que havia um "excesso" de homens a subir e a descer as escadas, ao que se começa a seguir um certo volume de toques às campainhas dos vizinhos a dizerem "é a pessoa que ligou há pouco". Entra o prédio em alvoroço, temos um bordel no prédio e é mesmo ao meu lado, e ninguém reparou (o facto de haver obras é uma atenuante mas...).
Ao fim de alguns toques, e aproveitando que era fim de semana e com as pessoas em casa, eis que os vizinhos em resposta a um dos toques ao lado saem para as escadas do mesmo, é apanhado o cliente e a inquilina (que se confirmou estar a prestar serviços sexuais pagos - para ser "politicamente correcto"). O homenzito ganhou vergonha e nem ficou 1 minuto dentro de casa, e a inquilina viu-se apanhada em flagrante. Chamou-se o senhoria que só uns dias mais tarde conseguiu chegar, até lá foi serviço em cima de serviço, veio-se a descobrir que a "senhora" pedia 35 euros, e pelo menos recebia 6 ou 7 pessoas por dia.
Obviamente a inquilina saiu antes da senhoria chegar, tudo limpinho e sem marcas dentro do apartamento. Pior são as marcas externas, na rua e nos cafés mais perto do prédio, já quase tudo sabia, chegou-se a dizer que "já não é preciso ir a Lisboa!", alguma vizinhança da qual já conhecida de longa data, e qualquer moradora que correspondesse ao anúncio da inquilina e que fosse à janela, era logo mirada e alvo de sorrisos menos simpáticos. O prédio ficou a ser conhecido como "o prédio do sobe e desce", até a policia que teve a gentileza de aparecer quando legalmente não podiam fazer nada se riram do título, e sinceramente até eu, aliás, consegui rir-me da situação em quase toda a sua história, excepto no que toca à parte da segurança e por exemplo, não são poucas as crianças no prédio.
A história acabou com a chegada da senhoria, mas por uns tempos vai haver uma reputação e piadinhas sobre o assunto.
O que se aprendeu?
- Bem, a vizinhança que já sabia do negócio antes mesmo dos moradores, não contaram ou sequer alertaram para o efeito, pelo que as relações por uns tempos não serão as melhores. Parece que o respeito e boa vizinhança são também "espécies" em via de extinção.
- Alguns dos vizinhos da rua, parecem frequentar este tipo de serviços, senão não diziam "já não é preciso ir a Lisboa", mas ninguém lembrou-se de os confrontar, e pelo que parece até os VIP's da zona vieram experimentar!!!
Quanto a opiniões, formulo duas:
- Já uma amiga minha (e vou dizer grande amiga/mulher porque neste momento o merece ouvir publicamente, pena é dizê-lo através deste tópico, e por isso peço desculpa) disse muito recentemente "Acredita-se demais nas pessoas", mesmo que em contextos diferentes não deixa de ser verdade, as pessoas hoje em dia, em relação à Sociedade só se interessam no que lhes acontece e os outros já é quase que se lixem, e digo em relação à sociedade, não em relação a amigos embora esta relação tenha começado ou já esteja a ser afectada. Neste caso concreto, e como referido acima, boa vizinhança começa a ser escassa, e já o "Bom dia" referido no tópico anterior também desapareceu por estas bandas.
- A segunda opinião, sobre a prostituição, eu não sou contra, sou mesmo a favor da legalização da mesma, partindo do pressuposto que é criado melhores condições de segurança para todos, e que se criem casas ou zonas especificas para o efeito, porque num prédio de família e onde há crianças, isso aí sou 100% contra. Mas a legalização também é importante para tirar a mesma de um impasse "técnico-judicial", neste momento não é legal, mas também não é ilegal e a policia fica de mãos presas em casos como este em prédios de família. E depois é difícil provar que a prostituição é um negócio e que por isso não pode ter lugar nesse mesmo prédio de habitação.
PS - pormenores ficaram de fora na história, mas a mesma ficam em privado como é obvio, de qualquer modo, o facto de por uns "dias" haver um bordel no prédio, quase parece irreal, que só acontece aos outros.
A casa do lado é alugada, já há muitos anos e os inquilinos mudam de ano para ano, no início deste mês foi a altura da dita mudança, e eis que chega uma inquilina. De início, nem se repara nela, nunca se mostrou (que eu saiba), barulhos em casa eram inexistentes, para todos os efeitos era como se a casa estivesse vazia, mas não estava.
Antes de mais é de referir que o prédio está com obras no telhado, por isso é normal a porta do mesmo estar aberta e que haja pessoas a circular para cima e para baixo por esse motivo. Estranho foi ouvir desses trabalhadores, que havia um "excesso" de homens a subir e a descer as escadas, ao que se começa a seguir um certo volume de toques às campainhas dos vizinhos a dizerem "é a pessoa que ligou há pouco". Entra o prédio em alvoroço, temos um bordel no prédio e é mesmo ao meu lado, e ninguém reparou (o facto de haver obras é uma atenuante mas...).
Ao fim de alguns toques, e aproveitando que era fim de semana e com as pessoas em casa, eis que os vizinhos em resposta a um dos toques ao lado saem para as escadas do mesmo, é apanhado o cliente e a inquilina (que se confirmou estar a prestar serviços sexuais pagos - para ser "politicamente correcto"). O homenzito ganhou vergonha e nem ficou 1 minuto dentro de casa, e a inquilina viu-se apanhada em flagrante. Chamou-se o senhoria que só uns dias mais tarde conseguiu chegar, até lá foi serviço em cima de serviço, veio-se a descobrir que a "senhora" pedia 35 euros, e pelo menos recebia 6 ou 7 pessoas por dia.
Obviamente a inquilina saiu antes da senhoria chegar, tudo limpinho e sem marcas dentro do apartamento. Pior são as marcas externas, na rua e nos cafés mais perto do prédio, já quase tudo sabia, chegou-se a dizer que "já não é preciso ir a Lisboa!", alguma vizinhança da qual já conhecida de longa data, e qualquer moradora que correspondesse ao anúncio da inquilina e que fosse à janela, era logo mirada e alvo de sorrisos menos simpáticos. O prédio ficou a ser conhecido como "o prédio do sobe e desce", até a policia que teve a gentileza de aparecer quando legalmente não podiam fazer nada se riram do título, e sinceramente até eu, aliás, consegui rir-me da situação em quase toda a sua história, excepto no que toca à parte da segurança e por exemplo, não são poucas as crianças no prédio.
A história acabou com a chegada da senhoria, mas por uns tempos vai haver uma reputação e piadinhas sobre o assunto.
O que se aprendeu?
- Bem, a vizinhança que já sabia do negócio antes mesmo dos moradores, não contaram ou sequer alertaram para o efeito, pelo que as relações por uns tempos não serão as melhores. Parece que o respeito e boa vizinhança são também "espécies" em via de extinção.
- Alguns dos vizinhos da rua, parecem frequentar este tipo de serviços, senão não diziam "já não é preciso ir a Lisboa", mas ninguém lembrou-se de os confrontar, e pelo que parece até os VIP's da zona vieram experimentar!!!
Quanto a opiniões, formulo duas:
- Já uma amiga minha (e vou dizer grande amiga/mulher porque neste momento o merece ouvir publicamente, pena é dizê-lo através deste tópico, e por isso peço desculpa) disse muito recentemente "Acredita-se demais nas pessoas", mesmo que em contextos diferentes não deixa de ser verdade, as pessoas hoje em dia, em relação à Sociedade só se interessam no que lhes acontece e os outros já é quase que se lixem, e digo em relação à sociedade, não em relação a amigos embora esta relação tenha começado ou já esteja a ser afectada. Neste caso concreto, e como referido acima, boa vizinhança começa a ser escassa, e já o "Bom dia" referido no tópico anterior também desapareceu por estas bandas.
- A segunda opinião, sobre a prostituição, eu não sou contra, sou mesmo a favor da legalização da mesma, partindo do pressuposto que é criado melhores condições de segurança para todos, e que se criem casas ou zonas especificas para o efeito, porque num prédio de família e onde há crianças, isso aí sou 100% contra. Mas a legalização também é importante para tirar a mesma de um impasse "técnico-judicial", neste momento não é legal, mas também não é ilegal e a policia fica de mãos presas em casos como este em prédios de família. E depois é difícil provar que a prostituição é um negócio e que por isso não pode ter lugar nesse mesmo prédio de habitação.
PS - pormenores ficaram de fora na história, mas a mesma ficam em privado como é obvio, de qualquer modo, o facto de por uns "dias" haver um bordel no prédio, quase parece irreal, que só acontece aos outros.
18 de junho de 2007
Contradições ou talvez não...
Contradições ou talvez não, tradições feitas para serem quebradas ou não, cavalheirismo que se perdeu ou simples evolução social! Muitas mais descrições se poderiam colocar à forma como as pessoas falam entre si ou se relacionam com o passar dos tempos.
Na altura em que ainda não tinha "consciência", as pessoas tratavam-se por "você", em alguns casos mesmo por "vossa excelência", as pessoas ao cruzarem-se diziam "Bom dia" mesmo não se conhecendo, e até em relações familiares, um filho ao dirigir-se para o pai colocava o substantivo "o" antes de "pai", quanto a namoros, eram feitos na casa dos pais da moça, na presença dos pais desta, e mãozinhas dadas já era muito.
Aquando no estado de "consciência" acima referido, as pessoas já se relacionam quase todas por "tu" ou pelo nome, o "bom dia" já se perdeu um bocado, os filhos trocaram o "o pai" pelo "ó pai", os namoros tornaram-se "livres".
Se estas mudanças também se encontram relacionadas com as épocas "durante Salazar / Pós-Salazar) pode e provavelmente é um facto.
Chega-se aos "tempos de hoje", o "tu" e o nome persistem, mas surgem igualmente as alcunhas e os nicks, o brasileirismo na língua portuguesa é imenso e com a internet há os famosos "x" e as abreviaturas que só quem frequenta a internet percebe.
O relacionamento de um filho para o pai continua "íntegro", mas surgem expressões como "o velho/velhote" ou "o quota", o que fazem os pais? Fazem-se de "tias" e começam a tratar os filhos por "você".
Os namoros começam a ser mais uma antecâmara do casamento do que propriamente namoro, mas temos já as amizades coloridas, as amizades especiais e até mesmo as amizades sexuais, porque cada vez "estamos" mais liberais e com menos tabus e a malta já quer é divertir-se sem compromisso.
Agora, para fazer jus ao título do tópico, os factos mencionados no último parágrafo demonstram pelo menos em parte a evolução das pessoas, da Sociedade, algo natural, mas que vai entrar em algum ponto em contradição com a consciência das pessoas. Vejamos, a evolução de uma língua é normal, senão estaríamos a falar Latim, mas as pessoas já quase não distinguem o português standard e o do Brasil (nem mesmo eu muitas vezes) mas ao mesmo tempo não achamos estranho a presença de outros estrangeirismos de outros países (eu confesso, que em relação ao Brasil, oralmente nada a apontar, mas no escrito, até me passo ou será passo-me :) ).
A relação entre pais e filhos penso ser a normal numa evolução, mesmo ao dizer-se "o velho" há sempre um traço de respeito, já um pai a tratar o filho por "você", pessoalmente acho-o impessoal.
Os namoros ou amizades coloridas, cada vez mais liberais, nada contra e provavelmente até a favor, mas os homens não esperem casar-se com uma virgem e as mulheres realmente começam a não achar cavalheiros já que a definição do mesmo não é a mesma de outros tempos. Eles existem, cavalheiros e virgens, mas a evolução e as relações hoje resultam mais do respeito entre as pessoas do que nos actos que as mesmas practicam.
Pena é, e em nota pessoal, que muitas tradições ou eventos não progridam ou cessem como a evolução ou liberalização da Sociedade. É o caso dos políticos e respectivas políticas que são sempre as mesmas, ou tradições como touradas já que é feio maltratar pessoas, mas é sempre mais fácil nos animais. Ao invés, tradições positivas e que podiam-se manter, são consumidas pelo capitalismo.
Mais podia-se dizer sobre evolução social, mas provavelmente o texto já vai grande, quem quiser pode acrescentar.
PS - Quem achar abusivo o uso de "" que me desculpe ...oopps, desculpe-me, mas achei necessário :)
Na altura em que ainda não tinha "consciência", as pessoas tratavam-se por "você", em alguns casos mesmo por "vossa excelência", as pessoas ao cruzarem-se diziam "Bom dia" mesmo não se conhecendo, e até em relações familiares, um filho ao dirigir-se para o pai colocava o substantivo "o" antes de "pai", quanto a namoros, eram feitos na casa dos pais da moça, na presença dos pais desta, e mãozinhas dadas já era muito.
Aquando no estado de "consciência" acima referido, as pessoas já se relacionam quase todas por "tu" ou pelo nome, o "bom dia" já se perdeu um bocado, os filhos trocaram o "o pai" pelo "ó pai", os namoros tornaram-se "livres".
Se estas mudanças também se encontram relacionadas com as épocas "durante Salazar / Pós-Salazar) pode e provavelmente é um facto.
Chega-se aos "tempos de hoje", o "tu" e o nome persistem, mas surgem igualmente as alcunhas e os nicks, o brasileirismo na língua portuguesa é imenso e com a internet há os famosos "x" e as abreviaturas que só quem frequenta a internet percebe.
O relacionamento de um filho para o pai continua "íntegro", mas surgem expressões como "o velho/velhote" ou "o quota", o que fazem os pais? Fazem-se de "tias" e começam a tratar os filhos por "você".
Os namoros começam a ser mais uma antecâmara do casamento do que propriamente namoro, mas temos já as amizades coloridas, as amizades especiais e até mesmo as amizades sexuais, porque cada vez "estamos" mais liberais e com menos tabus e a malta já quer é divertir-se sem compromisso.
Agora, para fazer jus ao título do tópico, os factos mencionados no último parágrafo demonstram pelo menos em parte a evolução das pessoas, da Sociedade, algo natural, mas que vai entrar em algum ponto em contradição com a consciência das pessoas. Vejamos, a evolução de uma língua é normal, senão estaríamos a falar Latim, mas as pessoas já quase não distinguem o português standard e o do Brasil (nem mesmo eu muitas vezes) mas ao mesmo tempo não achamos estranho a presença de outros estrangeirismos de outros países (eu confesso, que em relação ao Brasil, oralmente nada a apontar, mas no escrito, até me passo ou será passo-me :) ).
A relação entre pais e filhos penso ser a normal numa evolução, mesmo ao dizer-se "o velho" há sempre um traço de respeito, já um pai a tratar o filho por "você", pessoalmente acho-o impessoal.
Os namoros ou amizades coloridas, cada vez mais liberais, nada contra e provavelmente até a favor, mas os homens não esperem casar-se com uma virgem e as mulheres realmente começam a não achar cavalheiros já que a definição do mesmo não é a mesma de outros tempos. Eles existem, cavalheiros e virgens, mas a evolução e as relações hoje resultam mais do respeito entre as pessoas do que nos actos que as mesmas practicam.
Pena é, e em nota pessoal, que muitas tradições ou eventos não progridam ou cessem como a evolução ou liberalização da Sociedade. É o caso dos políticos e respectivas políticas que são sempre as mesmas, ou tradições como touradas já que é feio maltratar pessoas, mas é sempre mais fácil nos animais. Ao invés, tradições positivas e que podiam-se manter, são consumidas pelo capitalismo.
Mais podia-se dizer sobre evolução social, mas provavelmente o texto já vai grande, quem quiser pode acrescentar.
PS - Quem achar abusivo o uso de "" que me desculpe ...oopps, desculpe-me, mas achei necessário :)
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