21 de março de 2008

Eu percebi, e vocês?

Ora bem, eu por acaso vi a cena apresentada no próximo video na televisão, e devo dizer que na altura nem reparei que o Sócrates tivesse feito "tanta asneira, ai meu deus!!!!", hoje reparei na notícia do "Expresso" e vejo, não os erros do Sócrates mas ... no tipo de coisas que o jornalismo vai buscar só para encher a página (deve haver uma falta de publicidade nos jornais que ainda não tinha reparado).

O vídeo:



É verdade que o Sócrates tem feito e liderado muita asneira, é verdade que às vezes é atacado sem fundamento, outras com muito. Mas tar a ir buscar esta conversa para o criticar... A conversa para mim não é nenhum protocolo de Estado, nem sequer é formal, pelo que penso que está no seu livre direito de dizer as asneiras que quiser, mesmo que esteja a ser filmado naquilo que é a sua "privacidade", não foi propriamente uma conspiração para Espanha anexar Portugal como sua região.

E por fim, no que ao teor diz respeito, é verdade que os erros foram bem explicados, mas a tradutora deve ser um "peso-pesado" na matéria, porque sinceramente só o último erro é que me fez algum sentido, todos os outros são birras, e sobretudo... eu percebi, o Zapatero parece que também percebeu. Que se lixe, desta vez dou o mérito de ter tentado e de ter saudado não o ministro homólogo, mas um companheiro (para não exagerar e dizer amigo).

Isto é mais para dizer que o espaço que esta notícia se calhar ocupou na página do jornal, e que decerto divertiu muita gente (se calhar até a mim embora não no sentido no qual é suposto), esse espaço teria sido usado de forma muito mais pertinente se tem-se falado de coisas mais sérias como o meio ambiente, pobreza, ou como uma amiga minha já enunciou... da situação no Iraque, Darfur, Tibete, etc. Este tópico acaba por seguir a mesma linha de pensamento mas com outros traços.


Dito isto, devo esclarecer dois pontos:

- Eu gosto que o português e a língua portuguesa sejam bem empregues, às vezes fico boquiaberto com certos erros, outros dão vontade de rir, mas não posso criticar um estrangeiro de cometer erros de português, mesmo que crassos. Houve a vontade (e/ou mesmo a necessidade) de aprender, podia não o ter feito, decerto irá aprender com o erro.

- Não sou apoiante de Sócrates, mas também não o critico por puro prazer (embora muitas críticas até tenham algum gozo).

1 comentário:

lélé disse...

Só mesmo tu para me pores do lado do Sócrates!
Dá vontade de dizer à menina tradutora: "Porque não te calas?"
Pois, também era injusto, já que alguém lhe pediu para falar!...
Como dizes, houve entendimento entre os dois ministros e isso foi o que importou.